Rodan

sexta-feira, 8 de maio de 2009



Eu avisei que andava numa de japoneses, não avisei? Então agora não se queixem.

RODAN é mais um filme de Kaiju, os tais monstros gigantes do cinema japonês. Pertence à tal idade de ouro da ficção científica onde todos os anos eram debitadas verdadeiras galerias de bestas, mutações e aberrações da natureza para o grande écrã. É um clássico, sem dúvida nenhuma e merece toda a adoração que tem tido até agora por parte dos otakus de todo o mundo. É que, mal começa, morre tanta gente que mais parece que estamos a ver um drama e não um filme onde os monstros são pessoas com fantasias vestidas e os cenários, miniaturas.

Acreditem que a história é levada tanto à séria que, quando damos por ela, já estamos a acreditar que estes dramas humanos levados ao extremo são mesmo reais. E aqui reside a principal diferença entre os filmes de Sci-Fi japoneses e americanos. Enquanto que os segundos assumem a série B com todo o descaramento/baixo orçamento, já os primeiros tentam fazer filmes com grande qualidade artística (seja ele qual for o tema, diga-se também de passagem).

RODAN só perde mesmo na altura dos efeitos especiais e isto porque estamos mal habituados com tanto CGI que já passou pelos nossos olhos. Ah, já me esquecia: quem realizou este clássico foi nada mais, nada menos do que Ishiro Honda, o mesmo do GODZILLA original, ou GOJIRA em japonês. Este grande senhor foi responsável por muitos outros grandes filmes de Kaiju. O mais interessante é que ele dizia-se pacifista e fartou-se de destruir aldeias, cidades e dizimar populações nos seus filmes...