Um filme para se ver à noitinha. E um filme que eu preciso de ver uma segunda vez para captar melhor o seu ambiente único e a sua intensidade dramática elevada.
Segunda incursão de Fabrice du Welz, o belga responsável pela grande surpresa que foi CALVAIRE, este VINYAN não é propriamente um filme de terror, nem pode ser categorizado como tal. Tem, isso sim, elementos do fantástico que, aos poucos e poucos, se vão infiltrando na história e nos personagens até chegarem a um ponto de estranheza tal que nos dá a impressão de termos entrado numa qualquer terra de ninguém onde as regras da lógica e da razão já não se aplicam.
Em grandes traços, podemos dizer que se trata de uma história de luto. Luto de uma mãe e de um pai (exemplarmente interpretados por Emmanuelle Béart e Rufus Sewell) que, ao perderem o seu filho no grande Tsunami que assolou a Ásia há alguns anos a esta data, decidem ir à sua procura após o supostamente terem vislumbrado de relance numa gravação video amador. Escusado será dizer que mais valia estarem quietos...
Fabrice du Welz confirma o seu dom para criar ambientes carregados de estranheza, povoados de personagens ainda mais estranhas e de nunca esquecer o lado humano da coisa, ainda que para isso seja necessário sacrificar sanidades mentais dentro e fora do écrã. Tudo pela arte, claro. Por mim, tá tudo óptimo. Desde que ele continue a debitar OVNIs como este, serão sempre bem-vindos chez moi!
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Vinyan
domingo, 14 de junho de 2009
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