Symbol

quinta-feira, 5 de agosto de 2010



Desconcertante. Singular. Vanguardista. Inclassificável. Tudo palavras que serviriam na perfeição para descrever este objecto fílmico único. Este é daquele tipo de filmes que quanto menos se souber, melhor. Digo-vos só que metade da acção se passa num país qualquer da América Latina, enquanto que a outra metade se passa não se sabe muito bem onde, algures entre uma sala hermética onde está preso o nosso "herói", protagonizado pelo próprio realizador - Hitoshi Matsumoto.

Se bem se lembram (e mesmo que não se lembrem, eu relembro-vos), este senhor foi autor de um outro objecto fílmico inclassificável, já aqui abordado no Maus - BIG MAN JAPAN. Agora, onde é que ele vai buscar estas ideias, isso é que eu queria saber! Sim, porque estas duas obras têm tanto de genial, quanto de provocador e nós é que ficamos a maior parte do tempo a pensar se estaremos a assistir a algo altamente vanguardista ou se estamos a ser levados no maior engodo alguma vez criado. Esta segunda hipótese não é de se descartar, visto que Matsumoto começou a sua carreira como cómico na TV japonesa.

Bem, para mim é mais uma prova da supremacia do cinema japonês que ainda hoje em dia continua a dar cartas e a mostrar ao Ocidente a quantos anos-luz nós estamos deles. Fiquem com o trailer e, se conseguirem, vejam o filme e deixem-se desconcertar.