Assume-se que seja fácil ser uma pessoa comum em Liverpool. Fazer o chá pela manhã, arrumar a casa, ir trabalhar, voltar do trabalho, ir ao pub, dormir e repetir. Assume-se até que com algumas peculiaridades se consegue ter uma existência banal. Sejam elas não morrer, estar morto ou ser um lobo uma vez por mês. Assume-se. E correctamente.
Este post é para todos os que, como eu, pelo anúncio ou por um qualquer resumo ou review perceberam que Being Human era uma série de criaturas sobrenaturais, maus efeitos especiais e com muito pinanço gratuito. Apesar de ter sido transmitida pelo canal Fox semanalmente antes dos episódios da última temporada de Lost, não me parece ter tido a adesão merecida. Há que corrigir a impressão errada que possa ter ficado: das criaturas sobrenaturais o cliché acaba antes de começar, dos efeitos especiais… são maus, mas isso não é relevante e do pinanço há pouco, que a gratuicidade é para séries sem substância. Esta série é comédia dramática, comédia em força, drama de nos fazer religiosamente colar à TV todas as semanas.
A ideia é básica: um vampiro com algumas décadas, uma recém-fantasma e um recém-lobisomem juntam-se para serem normais. O resultado imediato para o espectador é encontrar uma série de buddies, com um interesse acrescido.
Ser humano não é tão fácil quanto se espera, há vampiros conspiradores, religiosos perseguidores e, para a fantasma que ninguém vê, uma imensidão de solidão. Não vou entrar por descrições do que ocorre na série, porque estrago. Leitores, façam um bom negócio e encomendem na Amazon a caixa com as duas temporadas já transmitidas.
Três amigos, três house-mates, que são e fazem por ser humanos. Banal. Para apagar da memória aquele mau anúncio da Fox, deixo um vídeo bem mais fiel ao espírito da serie.
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