Reflexões sofre a Saga Harry Potter

domingo, 12 de dezembro de 2010



Não se assustem. Isto não vai custar nada. E é claro que não me vou aprofundar academicamente sobre um dos maiores fenómenos literário/cinematográficos de que há memória. Para isso já existem os livros, os sites de fãs, os artigos de revista e jornal, os documentários MTV e os bloopers na E! Entertainment sobre o novo penteado da menina que representa Hermione Granger (mea culpa, não me lembro dos verdadeiros nomes dos actores principais; para mim hão-de sempre ser o Harry Potter e Co.)

Não. Isto é só para tirar cá para fora alguns pensamentos depois de ter visto recentemente o primeiro tomo do capítulo final que se afigura poderosíssimo. É que eu tenho que confessar duas coisas: tenho ido ver todos os filmes ao cinema assim que saem e, para além disso, quando passam na TV eu "colo"! Não consigo mesmo evitar. E aproveito aqui para tirar ao chapéu a toda a máquina por trás deste franchising que soube mantê-lo com consistente qualidade e adaptá-lo à criançada que cresceu com estes personagens.

Há realmente um cuidado especial ao nível do tom dos filmes (cada vez mais sombrio e justificadamente, porque assim a narrativa o obriga) e à maneira cada vez mais inteligente como cada novo capítulo supera o anterior aos níveis do crescente arco dramático dos personagens e da maneira como o enredo vai encaixando feito peças de Tetris numa trama que à partida se assemelhava trapalhona e demasiado ambiciosa.

Os resultados estão aí à vista e o que é certo é que a Warner Bros. acreditava tanto no sucesso do recente filme ainda em cartaz que se recusou a lançá-lo no famigerado formato de 3D. Ainda bem, porque muito sinceramente não se justificava e acabaria por atraiçoar os que ficaram para trás.

Agora, há um coisa: este filmes já não são para criancinhas. Não senhor. Este último mete mesmo medo e tem partes verdadeiramente arrepiantes. Mas para mim a minha maior surpresa (agradável) foi ver que o tratamento que deram à história está riquíssimo de contornos Orwellianos, que não ficam descabidos de maneira nenhuma, principalmente tendo em conta que as coisas tomaram uma dimensão verdadeiramente épica e kafkaiana, se é que me faço entender. Quem o viu, é capaz de me dar razão.

O único senão é sabermos que o melhor ainda está para vir no segundo tomo, o que significa que apanhamos uma das maiores doses de engonhanço de que tenho memória. Mas ela é toda precisa para percebermos o que aí vem. E que vai ser certamente glorioso. Contem comigo lá no dia de estreia.