Bohachi Bushido: Code of the Forgotten Eight

sábado, 2 de maio de 2009


Eu tinha avisado que os OVNIs japoneses não tinham acabado, não tinha? Ora tomem lá mais este então.

Não há necessidade de andarmos com muitos rodeios: este filme tem mais maminhas e rabiotes ao léu do que eu me lembro de ter visto em qualquer filme japonês da mesma época. É que são às paletes, mesmo. E acreditem que não servem só para enfeitar uma história sem grande enredo. Muito pelo contrário. Uma constante nos filmes japoneses feitos nesta altura era mesmo a quantidade às vezes absurda de enredos e sub-enredos. Como se já não bastasse a gente ficar com a mente dispersa com a quase constante visão de tanta pele à mostra.

O seu realizador, Teruo Ishii, foi o autor de uma das mais excêntricas filmografias asiáticas e este filme não foge à regra. É excêntrico q.b., surreal no seu exagero estilístico e violento de uma forma que o Grand Guignol raras vezes atingiu. Ele são braços a voarem, cabeças, orelhas, pernas, enfim, digamos que o personagem principal (interpretado por Tetsuro Tamba, um dos maiores actores de sempre do Japão) não dava descanso à sua espada.

A maneira que eu encontrei para melhor lidar com tanta exuberância visual é de encarar tudo isto como "face-value" e não fazer muitas perguntas. Também não haveria muita necessidade para levarmos isto tudo muito a sério. Isto é Exploitation assumidíssima. E, na minha opinião, lucramos todos com isso. A ver, absolutamente.