Camino

sábado, 2 de maio de 2009



O Fellini dizia que uma noite sem fazer amor era uma noite desperdiçada. Já o Buñuel dizia que um dia sem darmos uma valente gargalhada era um dia desperdiçado. Eu cá digo que se eu tiver a sorte de ver um bom filme por dia, está o dia ganho. E ontem foi a vez de CAMINO, do espanhol Javier Fesser, o mesmo realizador de MORTADELO Y FILÉMON.

Chorei baba e ranho e solucei como uma criança. Recomendo a toda a gente sem excepções ver este filme igualmente excepcional. São 2 horas e quase 20 minutos que passam a correr. Pessoas com fé, pessoas sem fé, novos, velhos, cinéfilos ou não, este é um filme que merece ser visto e discutido.

Baseado em factos verídicos, conta a história de uma menina cuja família era praticante da Opus Dei, muito difundida em Espanha. A menina em que se baseia este filme está em processo de beatificação e o filme ajuda a compreender isso e muito mais, lançando dúvidas pertinentes e observações ainda mais acutilantes. Está realmente feito com uma sensibilidade e maturidade excepcionais, nunca caindo em delírios fanatistas/moralistas ou comentários cínicos.

Em especial destaque está a actriz que faz de Camino, a personagem-chave do filme. Que calibre. Que talento.