The Wicker Man

sexta-feira, 17 de julho de 2009


Quando o amigo Linus me convidou para dar uma "perninha" aqui fiquei honrado - por ele achar que eu saberia falar sobre filmes - e um pouco sem saber sobre o que falar... mas na verdade, eu até vejo alguns filmes, e dos que gosto, gosto mesmo e assim, decidi iniciar a minha participação com um filme que me é caro por diversos motivos: o The Wicker Man (o de 1973, não o mau, com o Nicolas Cage).

Gosto deste filme, primeiro, porque aborda o paganismo em filme sem o demonizar. Au contraire, à boa maneira dos anos 70, torna-o até bastante apelativo com os seus ritos de fertilidade levados a cabo por jovens núbeis dançantes - não se insultem os pares paganos, eu também sou um deles, e sei que não é só de ritos de fertilidade que vive o credo.

Gosto deste filme porque tem o Sir Cristopher Lee.
Gosto deste filme porque tem o Sir Cristopher Lee a cantar! E não é que ele nem canta mal de todo?

E por fim, gosto deste filme pela banda sonora. Escrita por Paul Giovanni e pelos Magnet, realmente ajuda a tornar o filme uma boa parte do divertido de se ver que ele é.

E este filme é sobre o quê mesmo? Sobre um polícia que é chamado para investigar o desaparecimento de uma criança - investigação essa despoletada por um relato anónimo - que todos os habitantes da comunidade negam conhecer.

É claro, os habitantes desta remota comunidade são tão convincentes que o polícia decide por ali ficar para investigar o que se passa e é assim que se vai deparando com os ritos e rituais que por lá se desenrolam e que o levam a temer o pior: que a pobre Rowan (é este o nome da moça desaparecida) não só não esteja desaparecida, como até acabe por ser sacrificada!

Isto tudo, recordemos, embalado por belas músicas folk que dão dicas sobre o que se vai passando (apesar do filme não ser um musical) e filmado num lugarejo pitoresco nas Ilhas Hébridas, na Escócia (numa nota simpática é de notar que estas albergam as formações geológicas mais antigas da Grã Bretanha), em detalhe, nas Interiores.

Fica uma modinha do filme (com a belíssima Britt Ekland) e a sugestão para um primeiro de Maio menos laboral e mais solar para a próxima (ainda que um tanto ou quanto sleazy).



Para arranjar este filme não é necessário recorrer a nenhum expediente menos lícito uma vez que aparece por aí com facilidade, na vossa FN*C favorita e tudo ;)