Angel Heart

sábado, 3 de outubro de 2009


Há coisas em que umas pessoas acreditam e outras não, como a existência de céu e inferno, deus e o diabo. Como se pode perceber, dado que escrevi tudo em minúsculas, não sou crente. Ainda assim, há tanta história de gente que faz acordos com o diabo, que - pelo sim pelo não - nunca tentarei fazê-lo, nem a brincar. É que ao que consta o diabo cobra sempre.


A história deste filme passa-se em 1955: o ainda muito bonito Mickey Rourke é Harry Angel, um detective privado que investiga o que aconteceu a Johnny Favourite, um músico jazz, após ter regressado do campo de batalha na II Guerra Mundial. Procura-o a mando de um homem sinistro chamado Louis Cyphre (é bastante óbvia a natureza desta pessoa só pelo nome, isso é mesmo referido no filme como um trocadilho mauzinho), que tem uma dívida por cobrar a Johhny Favourite.

De Nova Iorque a Nova Orleães, cada pessoa com que Angel tenta obter mais informações aparece morta, ou seja, se não for ele próprio morto será pelo menos preso já que tudo o aponta como culpado dos homicídios.
Há macumbas vudu, visões inexplicadas, flashbacks, sangue a pingar do tecto (numa sequência que ganha um tom realmente grotesco mais para o fim) e outros eventos estranhos - a situação está negra para Harry Angel. Consegue piorar.

No twist final o realmente aterrador não é a cobrança da alma (porque o diabo cobra sempre), mas as cicunstâncias.
É o homem apanhado no meio.