The Omen I, II & III

sexta-feira, 23 de outubro de 2009


The Omen (1976)

Em The Omen seguimos Robert Thorn, diplomata Americano em Inglaterra, e os primeiros anos de vida do seu filho, Damien Thorn. Os pais por norma são os primeiros a notar quando há algo de errado com a cria, o que acontece também aqui. Um puto instável e de maneiras cruéis, possivelmente um homicida psicopata em estado embrionário. A mãe, que mais tempo passa com ele, cedo percebe isso. É tomada por tolinha pelos que a rodeiam, mas a esta altura sabemos já nós que ela não tem em casa uma criança cruel, mas o anticristo. Literalmente.

Muitos tentam fazer Robert Thorn ver a natureza do seu filho, sendo a palavra-chave "tentam", porque a morte está ao virar da esquina para quem interfere. Eventualmente o aviso chega a bom porto, através de um jovem fotógrafo que nas fotografias tiradas àqueles que anteriormente tentaram avisar Robert nota estranhas manchas premonitórias dos seus violentos finais. Claro, o fotógrafo morre. Deste ponto para a frente o filme debruça-se sobre aquele já aqui referido problema de matar uma criança, aqui do ponto de vista do homem que se crê ser o pai, embora ele sabia que não.
No primeiro filme é-nos apresentado tudo: a profecia, a troca de crianças (já que o anticristo não nascerá de uma mulher mas de um chacal, e assim é), o medo e o plano.
O puto safa-se. Os pais não.


Damien: Omen II (1978)

O meu favorito. Lançado 2 anos a seguir a The Omen (em 1978), não poderia começar melhor. Dias após a morte de Robert Thorn, apanhado no acto a tentar matar o filho numa igreja, saltamos para Israel - para o fulano com voz de bagaço do LadyHawke. Numa sequência cheia de referências histórico-religiosas morrem as duas pessoas que sabem que o anticristo vive. Assim passam-se anos e chegamos à pré-puberdade de Damien, agora a viver com os tios e primo nos Estados Unidos.

Em estrutura é quase uma repetição dos acontecimentos do primeiro, apenas com pessoas e animais diferentes - se no primeiro predominavam os cães de grande porte como guardiões / carrascos, aqui são corvos. O delicioso é a dinâmica entre os primos, e o Damien ser absolutamente ignorante do que consegue fazer e qual a razão de o fazer quando o faz. Na infância regia-se por instinto e aquela ruindade que está presente nas crianças, agora é um tween com uma boa educação, princípios e regras de conduta, pelo que quando lhe sai o mal ele sente-se mal. Daí ser este o meu filme preferido.

Algo que já era explicado no filme de 1976 é a escolha de família para o Damien, que deve estar no meio político para ser bem-sucedido. O pai era diplomata, o tio é presidente da Thorn Industries, a família é resumidamente muito rica e bem posicionada. Novamente o puto safa-se, a família não. Ele herda tudo. Evil.


The Omen III: Final Conflict (1980)

Ao terceiro está aquele que considero o papel de uma vida do Sam Neill (a seguir ao Jurassic Park, sorry...). Aqui o Damien adulto sabe o que é e trabalha por isso. É um homem encantador praticante do bem, com vários admiradores incautos e uma legião de seguidores praticantes do mal.
32 anos depois de um alinhamento estrelar que anunciou o seu nascimento, está para breve um novo alinhamento que marca o regresso de Cristo à Terra. Deste não digo quem se safa.

A minha tristeza com o terceiro capítulo é esta: quando o vi da primeira vez, já estava a filme perto do fim e o leitor VHS põe-se nuns barulhos estranhos e pára. A fita da cassete fica estragada sem reparação possível e o leitor não voltou a funcionar desde então. Quando revi em DVD não é que correu tudo bem? Não digo que o leitor devesse ter pegado fogo, mas pelo menos cair um livro da estante. Nada. O diabo é então ficção.
Ou não.