Mother

Só tenho tempo para fazer uma mini-crítica, mas deixem-me que lhes diga uma ou duas coisas acerca deste MOTHER, a nova obra-prima do realizador sul-coreano Bong Joon-ho (o mesmo do THE HOST): quem dera a muito boa gente lá em Hollywood ter o talento e a capacidade para fazer um filme com a carga emocional e a técnica sem falhas que caracterizam este filme. E até digo mais, quem dera a Clint Eastwood (o tal senhor que hoje em dia não faz um filme que não apelidem logo de obra-prima sem sequer o verem) algum dia ter a sorte de produzir assim uma obra deste calibre.

MOTHER consegue surpreender-nos com a sua delicadeza e a sua brutalidade, enquanto nos conta uma história de uma Mãe com M grande que tudo vai fazer para provar a inocência do seu filho, um adolescente diminuído intelectual que se vai ver envolvido num caso de homicídio. A actriz principal desempenha um papel que, muito sinceramente, só mesmo Meryl Streep estaria ao nível de o desempenhar num hipotético remake hollywoodesco. E é daqueles filmes que recusam abandonar-nos após o seu visionamento. Ou seja, o meu tipo de filme. Vejam-no. Já.