Requiem pour un Vampire

sábado, 9 de outubro de 2010


E já que o realizador deste filme - Jean Rollin - pertence à nossa mui estimada galeria de Maus da Fita, porque não falar sobre um dos seus filmes mais conhecidos visto que este mês no Maus estamos centrados no Cinema de Terror e/ou Fantástico? Pois falemos então de REQUIEM POUR UN VAMPIRE.


E começamos a todo o gás, com um perseguição a alta velocidade com as nossas duas heroínas mascaradas de palhaços, não se sabe muito bem porquê. E continuamos sem saber durante muito tempo, isto porque este filme é para o cinema de terror o que os filmes de Kim Ki-duk são para o cinema de autor. Confusos? Ok, a comparação é foleira, mas o que é certo é que os diálogos escasseiam neste filme como a água no deserto. O que resulta e muito bem, por sinal, ajudando à carga de mistério que neste filme se exige. Os diálogos nos filmes de Rollin nunca foram o seu forte (nem os enredos, já agora...), o que faz com que a sua força seja sobretudo visual. Não há como escaparmos que estamos a ver um filme de Rollin, porque a sua estética é facilmente identificável.


Temos então as duas heroínas principais da praxe (Rollin é um gajo fixe porque as suas gajas andam sempre aos pares) que inevitavelmente se vão ver metidas em encrenca da grossa, neste caso quase enterradas vivas e seguidamente perseguidas por sugadores de sangue num castelo abandonado. E sugadores de sangue e não vampiros, porquê? Porque vampiro "vampiro" só temos um neste filme e é nada mais, nada menos do que o último da sua estirpe. E até não é mau diabo, o que não se pode dizer o mesmo dos seus seguidores, sempre sedentos do líquido cardinal. E de sexo. Muito sexo.

Como estão a ver, e se conhecem um pouquinho da obra deste senhor, temos o protótipo do filme que Rollin iria fazer ad nauseum durante o resto da sua carreira, para gáudio dos seus fãs, está claro. Porque quem gosta a sério disto, quer sempre mais, não é?