A Companhia dos Lobos

quinta-feira, 1 de outubro de 2009


Este clássico de Neil Jordan, vencedor de três prémios do Fantasporto em 1985 e adaptado do livro The Bloody Chamber de Angela Carter, é um must-see para fãs de lobos, fãs de horror gótico e feministas que se prezem.
Eu sou isso tudo e por isso tenho nesta obra a minha Bíblia cinematográfica.

Ancorado nas histórias macabras da literatura medieval europeia em que os humanos se transformam em bichos e vice-versa, o filme está pejado de leituras freudianas da história da Capuchinho Vermelho, essa pobre menina inocente que tudo o que queria era levar comida à avozinha e que, pelo caminho, é tentada por um lobo homem misterioso de sobrancelhas farfalhudas.

Quando era pequenina vi o trailer deste filme na televisão e fiquei aterrorizada para sempre. Só passou quando, já na idade adulta, vi o filme e me apaixonei pelos lobos.

Fiquem então com estas sábias palavras de uma ajuizada Capuchinho:
Little girls, this seems to say, never stop upon your way, never trust a stranger friend, no-one knows how it will end!
As you're pretty, so be wise. Wolves may lurk in every guise.
Now, as then, it's simple truth, sweetest tongue has sharpest tooth...