Já que este mês é para assustar e é, então vou partilhar convosco os filmes que mais me impressionaram e que ainda possuem a capacidade de me perturbar profundamente se os vir novamente. Pesadelos em celulóide, então. Sentem-se com coragem? Então, vamos daí.
5º Ex-aequo: Funny Games de Michael Haneke e Henry: Portrait of a Serial Killer de John McNaughton
Estes dois filmes estão empatados em 5º lugar porque depois de os ver fiquei com medo de sair à rua. E de falar com estranhos. E pensei seriamente em andar com um canivete no bolso para o caso de. O terror no dia-a-dia retratado com a maior frieza que eu já vi. Experiências para não se repetirem muitas vezes. Brrr...
4º: Ichi the Killer the Takashi Miike
Ao contrário dos anteriores, este filme não mete medo pelo realismo das suas crueldades, mas sim pelo hiper-realismo da violência das suas imagens. Contendo imagens que só mesmo aquelas cabecinhas nipónicas seriam capazes de reproduzir em celulóide tal é o seu grau de grotesco, este delírio febril de Miike atinge níveis de exagero visual nunca antes visto. Só mesmo para aventureiros...
3º: Cannibal Holocaust de Ruggero Deodato
Ainda hoje um filme maldito e interdito em não-sei-quantos países devido à violência animal de algumas das suas cenas, este atrevimento em forma de filme merece ainda hoje passados quase 30 anos este honroso 3º lugar. Se ainda não o viram e acham que o BLAIR WITCH PROJECT é completamente original, bem, se calhar não é bem assim... E mais não digo. Ah, e contém cenas eventualmente chocantes de canibalismo, como não podia deixar de ser! Para antropófagos e outros curiosos, recomenda-se.
2º: Irréversible de Gaspar Noé
Vi este filme com a plateia com mais cojones de sempre. Senão, vejam: foi uma sessão da meia-noite a um sábado e ninguém abandonou a sala a meio do filme! Uma proeza, digo-vos já! Foi daquelas experiências cinematográficas em que me tive que distanciar conscientemente do que estava a ver para não me deixar afectar pelo poder avassalador das suas imagens. Devo dizer também que nunca mais tive a coragem de ver este filme do princípio até ao fim, embora tenha comprado o DVD... Ah, e também nunca mais me apanharam naqueles túneis manhosos à noite... Duplo brrr...!
1º: Salò de Pier Paolo Pasolini
Foi a primeira vez que eu senti que estava a ver uma coisa que não deveria estar a ver. O "proibido" aqui é real. Juro que tive medo que no fim do filme (ou até a meio!) algum castigo divino caísse sobre mim. Ou que o céu caísse em cima da minha cabeça e eu deixasse de gozar com Abraracourcix, o famoso chefe da aldeia de Astérix. Este filme não é brincadeira. E Pasolini sofreu fatalmente as suas consequências. Ainda hoje o filme que mais me perturba porque vejo a verdade por trás das suas imagens.
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Top 5: filmes perturbadores
sábado, 3 de outubro de 2009
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1 Comentário:
- Anónimo disse...
-
Parece-me que vá ser difícil aparecer aqui um post mais assustador que este top até ao final do mês.
Sabes que quanto ao Irréversible acredito que tenha havido quem comprasse bilhete, sabendo perfeitamente ao que ia, só para depois sair a meio da cena de violação dizendo que aquele filme era uma vergonha e o Gaspar Noé devia ser linchado. Deve ter sido só na sessão a que tu foste que o público aguentou tudo. E ainda bem, porque daí para a frente quase tudo é rosas.
Infelizmente, estou de tal forma curiosa quanto ao Salò que talvez tente vê-lo. Quando tiver coragem. -
3 de outubro de 2009 às 19:35
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